sabato 8 febbraio 2014

Brasile Coppa del mondo di calcio, mattanza degli operai




Brasile Coppa del mondo di calcio, mattanza degli operai che costruiscono
gli stadi- MAS NÃO VAI TER COPA! gridano gli operai, i giovani, le masse che
protestano

in via di traduzione articolo appello della LIGA OPERAIA del Brasile -
organizzazione di massa dentro il fronte del popolo che gioca un ruolo
importante nelle grandi lotte del brasile di queste settimane


Fifa e governo perpetram matança de operários em obra do estádio de Manaus
Operário Antônio José Pita Martins

Morte operário Arena Manaus
Na manhã desta sexta-feira, 07 de fevereiro/2014, a Arena da Amazônia, palco
para a Copa da Fifa, foi protagonista do quarto assassinato de operário em
menos de um ano de obra. O companheiro operário ANTÔNIO JOSÉ PITA MARTINS,
de 55 anos, submetido ao regime de correria para o término da obra, estava
desmontando as peças de uma grua, na manhã desta sexta-feira, quando uma
delas caiu em sua cabeça. Ele sofreu um ferimento grave na cabeça e chegou a
ser submetido a uma cirurgia para aliviar a pressão no cérebro. Ele também
teve lesões múltiplas na região do tórax. A morte dele foi divulgada na
tarde desta sexta-feira pela assessoria de imprensa do governo do Amazonas.
Trata-se da quarta morte envolvendo operários nessa obra da Arena Amazônia.
Essas mortes causadas pelas degradantes condições de trabalho e regime de
pressão para conluir a obra, são crimes premeditados cometidos pelas
empreiteiras gananciosas, Fifa e governo. Não se tratam de "acidentes de
trabalho" como dizem e sim verdadeiros assassinatos de operários.
O companheiro MARCLEUDO DE MELO FERREIRA, 22, caiu de uma altura de 35
metros nas obras do estádio e morreu no dia 14 de dezembro. Em 29 de março
de 2013, o companheiro RAIMUNDO NONATO LIMA DA COSTA, de 49 anos, também
morreu após despencar de uma altura de cinco metros. Os dois trabalhavam no
horário noturno, submetidos também a estafante regime de trabalho e Raimundo
trabalhava no feriado de sexta-feira da "semana santa".  A terceira morte,
também no dia 14/12/2013, foi do companheiro operário José Antônio da Silva
Nascimento, de 49 anos, vítima de um infarto; devido ao desgaste e ritmo
alucinante de trabalho.
Segundo a secretaria amazonense, foi cancelada a visita dos ordinários
governador Omar Aziz, deputados e outros políticos às obras, nesta
sexta-feira, mas mesmo com as precaríssimas condições de trabalho e mortes
está mantido o plano de finalizar as obras do estádio para entregá-lo na
semana que vem.
Os operários denunciam que estão sob pressão para finalizar as obras o mais
rápido possível. Trabalhadores terceirizados também denunciaram estar com os
salários atrasados.
Em dezembro do ano passado, logo após o terceiro assassinato, o secretário
da Copa em Manaus, Senhor Miguel Capobiango, vomitou o seguinte absurdo: "há
uma coincidência que justifica as duas quedas fatais: o "relaxo" dos
operários na utilização dos equipamentos de segurança." O canalha e cumplice
dos assassinatos de operários teve o descaramento de jogar a culpa para cima
dos trabalhadores para esconder a responsabilidade dele, da construtora
Andrade Gutierrez e terceirizadas, do governo estadual e federal e da Fifa.
Uma fiscalização feita pelo Ministério Público do Trabalho do Amazonas
(MPT-AM), no inicio de 2013, no canteiro de obras da Arena da Amazônia,
apontava a ocorrência de uma série de irregularidades. Cerca de trinta
irregularidades foram constatadas. "Imposição do trabalho de operários em
local com risco de queda sem equipamentos de segurança coletivo, aberturas
no piso sem isolamento ou identificação com o risco de queda e pessoas
circulando em área de circulação de cargas sem que a mesma esteja
devidamente sinalizada e/ou isolada"; foram algumas das irregularidades mais
graves constatadas então pelos procuradores Afonso de Paula Pinheiro Rocha e
Ilan Fonseca de Souza.
Essas mesmas irregularidades já haviam causado autuação anterior da empresa
e motivado a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado
em janeiro de 2012, mas que não foi cumprido pela construtora Andrade
Gutierrez. Dentre as 23 cláusulas desse TAC, 13 fazem referência ao
cumprimento de itens da Norma Regulamentadora n.º 18 (NR 18) que trata das
condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil e que
vigora desde 1978, mas até hoje é desrespeitada pela empresa.
Mesmo com todas essas irregularidades constatadas, , a Andrade Gutierrez e
terceirizadas continuaram a tocar a obra com o conluio do governo e da Fifa;
operários continuaram a ser assassinados e mutilados e o canalha do
secretário da Copa em Manaus, Miguel Capobianco ainda teve o desplante e a
covardia de por a culpa nas vítimas.
A assassina construtora Andrade Gutierrez também matou operários nas obras
do Estádio Nacional de Brasília, da usina hidrelétrica de Santo Antônio, de
Belo Monte, do porto de Pecém, e em outras diversas obras. Na pressa de
concluir as obras, a empresa Andrade Gutierrez submete os operários a
intensas jornadas e precaríssimas condições de trabalho, causando mortes,
mutilações e ferimentos.
Correria para terminar a obra, superexploração, assassinato e
superfaturamento são o jogo da Andrade Gutierrez
Passando por cima da vida dos operários, causando mortes, mutilações e
doenças nos trabalhadores, a preocupação da empreiteira e do governo é a
conclusão da obra.
O próprio Tribunal de Contas da União (TCU) havia apontado sobrepreço de R$
86,5 milhões na obra da Arena da Amazônia, um acréscimo de 15,7% em menos de
um ano. De acordo com o TCU, o valor do estádio, que vem sendo alvo
constante dos órgãos de controle desde 2010, subiu de R$ 530 milhões para R$
616 milhões de 2011 até abril de 2012, conforme informações do Portal Copa
2014.
Outro problema identificado pelo Tribunal, que também não toma nenhuma
medida concreta para acabar com esses abusos, tanto no estádio de Manaus
como no de outras três cidades-sedes, foi a não aplicação de medidas para
compensar ou evitar que os estádios se transformem em "elefantes brancos",
ficando inutilizados ou de pouco uso após o evento. O receio da entidade é
que a rentabilidade dos estádios pós-Copa não compense os gastos com as
obras, gerando prejuízos aos cofres públicos. Completam a lista Natal,
Cuiabá, e Brasília. O gasto com estádios da Copa ultrapassa R$ 7 bilhões e
cresceu 163% em relação a previsão inicial da CBF.
Já os grupos econômicos que faturam com as obras seguem matando operários e
com expectativas de mais altos lucros com a farra da Fifa, MAS NÃO VAI TER
COPA!

Nessun commento: